SADI CORRÊA DESCRIÇÃO DO BLOG

ESTE BLOG TEM COMO FINALIDADE MOSTRAR ALGUMAS LINHAS DE PENSAMENTO E ALGUNS TRABALHOS REALIZADOS PELO NOSSO SINDICATO(27 NÚCLEO DO CPERS DE TRÊS PASSOS), BEM COMO MOSTRAR ALGUNS DOS TRABALHOS DO NOSSO GRUPO MUSICAL LOKA SEDUÇÃO DE MIRAGUAÍ-RS.




quinta-feira, 14 de outubro de 2010

HOMENAGEM AO PROF. LUIS CARLOS WOCIECHOSKI





Há professores que marcam a vida de seus alunos e de seus colegas. São aqueles que não só na sala de aula, no interior da escola , mas também na sua vida social mais ampla se tornam exemplos de cidadania pelo engajamento nas lutas pela sua classe, pela nossa dignidade e pelo diálogo aberto e respeitoso que estabelece com todos.
Foi assim nosso saudoso colega e companheiro LUIS CARLOS WOCIECHOSKI. Seus 50 anos de vida deixaram em nossas mentes a imagem de um lutador cuja a causa é a nossa causa e a bandeira que abraçamos levastes muitas vezes no peito.
Não dá pra viver mais um dia do Professor sem lembrarmos de ti. Em tua homenagem nos unimos pela causa da educação, gesto que tu nos ensinaste e nos intigaste a viver.
Seguiremos teus passos para realizar os teus sonhos que fizestes nossos pois sempre lutastes mais pelo “coletivo” do que por interesses pessoais.
“A violência é a resposta de quem não tem razão”. Afirmastes isto a nós e a teus alunos, mas nem todos tiveram a graça de tuas aulas, e só por isso hoje, choramos a saudade de ti.
Vitinho, foste um grande homem que ao nosso lado muito lutou por dignidade de nossa classe, pois foi um grande personagem na história sindical. Fez parte da diretoria do 27 núcleo do CPERS/Sindicato, foi representante municipal dos trabalhadores em educaçao do município de Miraguaí, que muito lutou pela nossa classe e pela qualidade de educaçao plena ao cidadão.

Homenagem do 27° Núcleo do CPERS/SINDICATO de Três Passos - RS
15 de outubro – DIA DO EDUCADOR.

sábado, 24 de julho de 2010

EX-ALUNO VISITA PROFESSOR DEPOIS DE 23 ANOS




É com muita alegria que divulgo aqui neste espaço a gratidão deste cidadão que procura seu ex-professor depois de 23 anos. Trata-se de ROQUE VANDERLEI DA SILVA, que atualmente reside no município de Júlio de Castilhos-RS. Roque um dos meus primeiros alunos que lecionei. Isso foi no ano de 1987 quando dei início na carreira de educador na localidade de Lajeado Graxa, município de Miraguaí-RS. Naquela época lecionava a primeira e quarta série na mesma sala de aula. Podes crer que fiquei inaltecido pela gratidão e reconhecimento deste ex-aluno. Posso afirmar com toda a convicção: "Sou muito feliz em ser educador!".

quarta-feira, 5 de maio de 2010

27 NÚCLEO DO CPERS/SINDICATO PARTICIPA DE AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA IMPLANTAÇÃO DE ESCOLA TÉCNICA FEDERAL





Na data de 30/04/2010, aconteceu, nos altos do Banco do Brasil, uma audiência pública destinada a discutir a possível implantação de uma Escola Técnica Federal em Três Passos.
A audiência pública realizada é fruto de uma viagem realizada por vereadores do município à Brasília, no final de março, com o propósito inicial de buscar recursos para o restabelecimento da cidade após um forte temporal que assolou Três Passos e região. Na ocasião, outras reivindicações foram apresentadas; uma delas, a solicitação de uma Escola Técnica ao Secretário de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Eliezer Pacheco.
A atual Presidenta da Câmara de Veradores de Três Passos, Marli Franke, enfatizou que pouco adiantaria ficar somente discursando nas sessões da câmara, pois nada iria mudar; política é ação, tal como a presente iniciativa para implantação da Escola Técnica Federal, mudando o rumo de Três Passos e região.
A vereadora salientou ainda que, nos últimos anos, nossa região sofre de um êxodo muito grande, não por falta de oportunidades, mas sim, de perspectivas – principalmente para os jovens.
Na audiência, estiveram presentes diversas autoridades da região, além de contar com a participação da Deputada Federal Maria do Rosário e do professor Eliezer Pacheco da SEPT.
Representando o 27 Núcleo do CPERS/Sindicato, fez uso da palavra o professor SADI CORRÊA, onde enfatizou que essa iniciativa vem suprir demandas que o governo do estado não tem priorizado em investir em escolas técnicas para nossos jovens para que sejam absorvidos pelo mercado de trabalho e possuam mais dignidade e qualidade de vida. Disse aínda que a educação é instrumento básico para formação e preservação dos valores sociais, cívicos e culturais. Segundo Sadi, compete ao governo mobilizar e garantir recursos para que o estado assegure escolas públicas com qualidade e que permita a entrada e permanência de cidadãos com igualdade de circunstâncias – econômicas e sociais. As opções neoliberais de alguns govenos conduzem a uma escola cada vez menos pública, menos democrática, menos inclusiva, orientada muitas vezes, apenas para certificação para atender às necessidades dos grupos econômicos, esquecendo-se assim, da formação integral do cidadão.Vê-se uma educação encaminhada para publicização, tercerização e finalmente para a privatização.Possuem cunho antidemocrático, onde atacam todos e quaisquer tipo de organização, especialmente dos trabalhadores em educação.
Para O professor Sadi, vivemos em um mundo de transformações de cunho social, cultural, político e econômico com impressionante rapidez. as tecnologias cada vez mais complexas e primorosas a serviço da chamada globalização. E aí se pergunta qual é o papel da escola neste contexto? Para Sadi,sem dúvida é interessante a formação da subjetividade humana para o novo mercado de trabalho, mas há também a necessidade de reavaliar o nosso papel enquanto seres humanos e protagonistas desete mundo pós-moderno. é fundamental pensar, em que medida o avanço tecnilógico promove melhorias e facilita a vida, em que dimensão exclui, segrega, diferncia, torna-se instrumento de subordinação e dominação.

O CPERS/Sindicato defende:

- escolas públicas, democráticas, com qualidade e com inclusão;
- uma escola que eduque atendendo aos interesses das classes sociais menos favorecidas, através de uma educação libertadora;
- uma educação que venha atender as demandas da sociedade, em sua maioria formada por trabalhadores e pessoas que até agora, não tiveram sucesso a muitos dos bens materiais e culturais que elas próprias ajudaram a construir;
- O CPERS/Sindicato defende também a descentralização dos investimentos (instituições) em localidades menos favorecidas, até então.

sábado, 24 de abril de 2010

SAUDADES ETERNAS PROF. LUIS CARLOS WOCIECHOSKI

'Amigo fiel é proteção poderosa, e quem o encontra, terá encontrado um tesouro”. Eclesiástico 6, 14.
Amigo, professor, companheiro e batalhador, exemplo de honestidade e justiça, colega de muitos anos em nossa escola, jamais compreenderemos e aceitaremos a forma cruel que roubou você de nós.
Em nossos corações ficou um vazio muito grande com a tua partida, pois jamais poderemos vê-lo realizando seu trabalho rotineiro, quer na sala de aula orientando as crianças para a busca da sabedoria, quer no pátio realizando a mais humilde tarefa de embelezar nossa escola, quer na horta incrementando a merenda escolar.
Tiveste uma grande preocupação e seguidamente nos dizias: “Não podemos passar por esta vida sem deixarmos marcas”. Temos certeza, suas marcas permanecerão para sempre conosco, pois não lutavas pelo teu próprio bem, mas do grupo todo.
Buscamos forças nas sagradas escrituras que nos confortam dizendo:
“Depois de ir e vos preparar um lugar, voltarei e tomar-vos-ei comigo, para que onde eu estou também vos estejais”. João 14,3.
E certos estamos de que sua morada junto a Deus já estava preparada, pois, na última aula de Ensino Religioso que desenvolveu momentos antes de tua partida, dizia: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o principio e o fim”, para quem tiver sede darei de graça da fonte de água viva.

Eu, professor Sadi, associo esta homenagem a este grande homem que ao nosso lado muito lutou por dignidade de nossa classe, pois o professor Vitinho foi um grande personagem na história sindical. Fez parte da diretoria do 27 núcleo do CPERS/Sindicato, foi representante municipal dos trabalhadores em educaçao do município de Miraguaí, que muito lutou pela nossa classe e pela qualidade de educaçao plena ao cidadão.

Homenagem Póstuma
Da direção, professores, funcionários, pais e alunos da Escola Osmar Hermann.








CPERS/Sindicato: 65 ANOS DE HISTÓRIA

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Marina Lima Leal

No dia 21 de abril de 1945 foi fundado, em Porto Alegre, o Centro de Professores Primários Estaduais (CPPE), que se transformaria mais tarde no CPERS/Sindicato, o maior sindicato do Rio Grande do Sul e o segundo maior do Brasil e América Latina, com mais de 85 mil filiados.

No ano em que a 2ª Guerra Mundial terminou, um grupo de professores, sob a liderança de Clélia Argolo Ferrão, reuniu-se na Sociedade Espanhola, na capital gaúcha, e criou o CPPE, um sonho acalentado havia bastante tempo, com discussões feitas nas escolas, especialmente na Presidente Roosevelt.

Entre as primeiras reivindicações figuravam a possibilidade de ingresso das professoras e professores normalistas nas Faculdades de Filosofia - hoje Faculdades de Educação - e reajustes salariais.

Em 1973, sob a ditadura militar, o CPPE passou a se denominar Centro dos Professores do Rio Grande do Sul (CPERS), integrando aos professores primários os docentes que atuavam nos ensinos fundamental e médio. Um ano depois foi conquistado o Plano de Carreira, que por se tratar de uma das mais importantes conquistas da categoria sofre ameaças e ataques desde que entrou em vigência. Os ataques mais duros foram feitos pelo atual governo do Estado. Mas a categoria resistiu e garantiu a sua manutenção.

Apesar de atuar como um sindicato desde a sua criação, defendendo melhorias salariais, planos de carreira, aposentadoria especial, entre outros, o CPERS não podia constituir-se como tal porque pela Consolidação das Leis Trabalhistas, criada dois anos antes por Getúlio Vargas, os servidores não podiam se organizar em sindicatos.

No decorrer de sua história, o CPERS vinculou-se às lutas mais gerais da sociedade e percebeu a importância de lutar ao lado de trabalhadores de outras categorias, especialmente os servidores públicos estaduais.

Além de todas as lutas empreendidas, o CPERS buscava a conquista de uma sede própria. E isso se concretizou em 31 de janeiro de 1979, quando recebeu as chaves do prédio instalado na Avenida Alberto Bins, 480, no Centro de Porto Alegre. As instalações foram edificadas ao longo de 13 anos.

A Constituição de 1988 possibilitou a transformação do CPERS em Sindicato. A discussão foi então iniciada com a categoria. Alguns professores não concordavam com a mudança. Mas em Assembléia Geral, realizada em 6 de outubro de 1989, a sigla CPERS foi acrescida da palavra Sindicato, transformando-se no atual CPERS/Sindicato. Em 1990, a entidade também passou a representar os funcionários de escola.

Coerente com sua postura de lutar junto com os outros trabalhadores, depois de uma ampla discussão com a categoria, o CPERS/Sindicato se filiou a Central Única dos Trabalhadores (CUT). Isso deu-se em 26 de abril de 1996, durante Assembléia Geral.

Nestes 65 anos de existência, o CPERS/Sindicato tornou-se referência para o movimento sindical gaúcho e nacional e vem lutando, incansavelmente, pela dignidade dos profissionais da educação e por uma escola pública de qualidade para todos, além da defesa intransigente da democracia.

O CPERS/Sindicato é um patrimônio da democracia gaúcha e brasileira, construído por muitas mãos.

Parabéns CPERS, parabéns educadores, parabéns gaúchos e brasileiros por mais este aniversário. São 65 anos de lutas e conquistas.

Marina Lima Leal é professora e representante do CPERS/Sindicato no Conselho do IPE

domingo, 11 de abril de 2010

EDUCAÇÃO EM PERÍODO ELEITORAL


O portal da Secretaria de Educação traz a notícia:

Governadora sanciona reajuste de 6% para o magistério.


E mais, diz: Yeda ressaltou que tanto professores como funcionários da rede pública merecem o reconhecimento do Governo do Estado e de toda a sociedade pela relevância do trabalho prestado... Valorizar a categoria, através de melhores condições de trabalho e de salários mais dignos, é uma obrigação de todo o gestor público...".


Se não fosse período eleitoral o discurso seria o mesmo?

Para receber estes 6% sem perder os Planos de carreira fizemos muita luta, vigília, acampamento, greve. Sofremos corte de salário, faltas injustificadas, humilhações, bombas, ameaças, punições, perseguição aos trabalhadores. Denunciamos a enturmação, a multisseriação, a não realização de concurso público para suprir a falta de professores e de funcionários, as famosas escolas de lata, os contêineres, o fechamento de setores.

Já pensaram se o trabalho dos educadores não tivesse o reconhecimento e a relevância do discurso atual da governadora?

É ironia ou deboche. Um reajuste de 4%, só em setembro quando o básico dos professores do nível 1 passará para R$ 349, 65, valor que não é divulgado na nota, pois mostraria a contradição do discurso. Mas se as condições financeiras permitirem pode cursar uma pós-graduação ou mestrado terá um básico de R$ 699,30 para 20 horas semanais.

Este valor fará os educadores sentirem-se realmente valorizados?

E os colegas servidores de Escola que também estão há 3 anos sem reajuste de salários, porque a Lei Britto é direito concedido pela Justiça. Em setembro com os 4% terão um Básico no Nível 1 de R$ 292,00. Com este salário é possível fazer uma graduação, desta forma sim, o básico passará para R$ 758,36 para 40h semanais (brutos, só de previdência o desconto será de 14,1%).

O reconhecimento e a importância dada a Educação é demonstrado no investimento realizado no setor e nos servidores. O governo Yeda gosta de chamar de gastos o percentual utilizado na Educação e de investimento quase o mesmo valor gasto anualmente em forma de publicidade com o seu governo.

A luta foi vitoriosa, pois derrotou o reajuste zero para toda a categoria e manteve os Planos de Carreira. Mas fica a certeza de que a educação e os educadores não ganharam a devida valorização e respeito deste governo, discursos agora terão sempre o viés eleitoral.

CPERS/Sindicato

quarta-feira, 7 de abril de 2010

MUSICAL LOKA SEDUÇÃO ANIMA FEIRA REGIONAL DO PEIXE EM TAQUARUÇU DO SUL-RS







A Prefeitura de Taquaruçu do Sul, através das secretarias de Agricultura e Meio Ambiente e de Obras, Emater/RS-Ascar e piscicultores, realizaram a 2ª Feira Regional do Peixe, entre os dias 30 de março e 2 de abril, no trevo principal de acesso à cidade. Foram comercializadas aproximadamente 10 toneladas de peixes das espécies carpa capim, cabeça grande, prateada, húngara, pacu e filé de tilápia. Nestes três dias de festa muita cerveja, polenta e file de tilápia foram consumidos. Muitos artistas regionais participaram do evento, tais como o TRIO SEM FUTURO e LOKA SEDUÇÃO DE Miraguaí.

NOTA DE ESCLARECIMENTO CPERS/Sindicato



O 27º Núcleo do Cpers/Sindicato esclarece a todos os Educadores (Professores e Funcionários de Escola) e Comunidade Escolar que foram incansáveis as tentativas de negociação com o Governo Yeda, na busca pela Valorização dos Educadores, em conseqüência disso, melhor qualidade da Educação no Rio Grande do Sul.

Após passar três anos tentando destruir o plano de carreira dos educadores, o governo Yeda encaminhou e aprovou, na Assembleia Legislativa, um projeto de reajuste de 6%, divididos em duas parcelas. A primeira, de 4%, a ser paga em setembro. A segunda, de 2%, com pagamento em dezembro. O CPERS/Sindicato reivindicava a correção da inflação dos últimos três anos, que totaliza 23,14%.

A Direção do Sindicato e a Categoria, em Assembleia Geral, consideraram insuficiente a proposta do governo. Essa posição foi apresentada em reunião com os secretários Otomar Vivian (Casa Civil) e Ervino Deon (Educação). Também foi levada ao presidente do Legislativo e ao líder do governo na Assembleia.

Numa clara perseguição aos educadores, que no ano passado impediram a realização de alterações, acordadas com o Banco Mundial, nos planos de carreira da categoria, o governo sequer elevou o índice para 8,8% mesmo percentual dado aos procuradores e magistrados, que terão seus vencimentos majorados em até R$ 3.000,00. A política salarial de Yeda é assim: para os altos salários, tudo; para quem ganha pouco, nada.

Desde o começo das negociações, o governo tentou casar a elevação do índice de reajuste com a aprovação da remuneração mínima de R$ 1.500,00. Rejeitado no ano passado, inclusive com uma greve no final do ano letivo. O valor seria pago como completivo e não como Salário Básico do Plano de Carreira. Além disso, atacava os planos de carreira da categoria, não contemplava os funcionários de escola e descaracterizava a lei do piso nacional, que estabelece, para este ano, o valor de R$ 1.312,85 como básico da carreira. A comunidade escolar precisa saber que não existe nomeação para cargo de professor 40h/semanais. O Governo oferece R$ 750,00 onde o Salário mínimo já é R$ 510,00.

Yeda vai terminar o seu mandato em débito com a educação e com os educadores. Na política educacional, a governadora foi a responsável pela enturmação, pelo retorno da multisserição, pela não realização de concurso público para suprir a eterna falta de professores e de funcionários, pelas “famosas” escolas de lata e pela perseguição aos trabalhadores. Na política salarial, ela ficará marcada pela não aplicação do piso nacional e pela não reposição da inflação nos salários dos educadores. Deixará para o futuro governo uma dívida grande com a educação e os educadores.

O Cpers/Sindicato reafirma a necessidade da implantação do Piso Nacional R$1.312,85 pois Atraves desta Lei teremos:

- uma data base de reajuste/reposição da perdas ocorridas no ano anterior;

- um Piso Salarial sobre o qual serão somadas todas as vantagens do nosso Plano de Carreira;





27º Núcleo - CPERS/Sindicato

Três Passos - RS

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Yeda aumenta altos salários e não valoriza educadores





Após passar três anos tentando destruir o plano de carreira dos educadores, o governo Yeda encaminhou e aprovou, na Assembleia Legislativa, um projeto de reajuste de 6%, divididos em duas parcelas. A primeira, de 4%, a ser paga em setembro. A segunda, de 2%, com pagamento em dezembro. O CPERS/Sindicato reivindicava a correção da inflação dos últimos três anos, que totaliza 23,14%.

A direção do sindicato considerou insuficiente a proposta do governo. Essa posição foi apresentada em reunião com os secretários Otomar Vivian (Casa Civil) e Ervino Deon (Educação). Também foi levada ao presidente do Legislativo, Giovani Cherini, e ao líder do governo na Assembleia.

Numa clara perseguição aos educadores, que no ano passado impediram a realização de alterações acordadas com o Banco Mundial nos planos de carreira da categoria, o governo sequer elevou o índice para 8,8% mesmo percentual dado aos procuradores e magistrados, que terão seus vencimentos majorados em até R$ 3.000,00. A política salarial de Yeda é assim: para os altos salários, tudo; para quem ganha pouco, nada.

VENDA CASADA

Rejeitado no ano passado, inclusive com uma greve no final do ano letivo, a governo requentou o projeto que estabelecia a remuneração mínima de R$ 1.500,00. O valor seria pago como completivo. Parcela sobre a qual não seriam inseridos os benefícios sociais. Além disso, atacava os planos de carreira da categoria e descaracterizava a lei do piso nacional, que estabelece, para este ano, o valor de R$ 1.312,85 como básico da carreira e deixa fora os funcionários de escola.

Desde o começo das negociações, o governo tentou casar a elevação do índice de reajuste com a aprovação da remuneração mínima. Insistiu numa proposta que jamais teve o acordo dos trabalhadores. Se tivesse vontade de elevar o percentual de reajuste, a governadora poderia aplicar sobre ele o montante que seria gasto com o novo completivo.

Yeda vai terminar o seu mandato em débito com a educação e com os educadores. Na política educacional, a governadora foi a responsável pela enturmação, pelo retorno da multisserição, pela não realização de concurso público para suprir a eterna falta de professores e de funcionários, pelas “famosas” escolas de lata e pela perseguição aos trabalhadores. Na política salarial, ela ficará marcada pela não aplicação do piso nacional e pela não reposição da inflação nos salários dos educadores. Deixará para o futuro governo uma dívida grande com a educação e os educadores.

João dos Santos e Silva, assessor de imprensa do CPERS/Sindicato

domingo, 14 de março de 2010

POR QUE A POLÍTICA NÃO ATRAI A MAIORIA DOS BRASILEIROS?


Por que a política não atrai a maioria dos brasileiros ?

Odeio política! Política é coisa suja! Todos os políticos são ladrões! Só vou votar se pagarem bem pelo meu voto!
Estes são os principais chavões que ouvimos de grande parte da população brasileira. Mas afinal, será que a política é realmente suja como se diz por aí? Será que todos os políticos e instituições políticas são corruptos? Realmente o povo está bastante descrente com a forma atual de se fazer “política”.
Em primeira mão é necessário que conheçamos o verdadeiro significado do termo política. Segundo o dicionário da língua portuguesa, de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, “POLÍTICA: é o conjunto de fenômenos e das práticas relativas ao Estado ou a uma sociedade. Arte ou ciência de governar, de cuidar dos negócios públicos. Habilidade no trato das relações humanas. Modo acertado de conduzir uma negociação; estratégia”.
Como vemos, política não é coisa suja, mas sim uma arte de administrar ou negociar. Será que todos os políticos e todas as instituições políticas merecem receber críticas tão “cruéis”? Qual a razão do desencanto do cidadão brasileiro com a política?
Não podemos negar que o processo político brasileiro foi excludente, onde muitas mudanças foram realizadas de cima para baixo. É só voltar no passado. Por exemplo, ao processo de Independência do Brasil de 1922, a Proclamação da República brasileira, o movimento de 1930 conhecido como “Revolução de 30” e, muitos outros eventos que a população assistiu de camarote.
De fato, o desencanto do povo brasileiro com a política atual, cresceu quando nosso país começou a se livrar do regime militar. Outros exemplos, a Emenda Dante de Oliveira que dava o direito ao voto direto para a Presidência da República, que foi um grande baque para os cidadãos brasileiros, pois a mesma não passou na votação do Congresso. A campanha das “Diretas Já” em 1984, que empolgou os brasileiros, onde milhares de pessoas foram às ruas encantadas na esperança de mudar o curso da história, mas mais uma vez contrariou as expectativas do povo brasileiro, pois novamente o Congresso Nacional vetou a emenda. Pouco tempo depois, houve eleição indireta para presidência da República, sendo eleito Tancredo Neves, reacendendo novas esperanças, mas infelizmente falece antes de assumir o cargo, assumindo então seu vice José Sarney, que era cria da ditadura militar, onde cometeu várias “atrapalhadas” no governo. Enfim, para suceder Sarney, depois de muitos anos sem a participação dos cidadãos, até que enfim, há eleições diretas e o povo aposta tudo em um presidente “jovem”, “bonitão” com discurso de melhorar a vida para os “descamisados”, mas não completou dois anos de mandato e foi deposto do governo por corrupção. Após, o povo escolhe outros presidentes, deputados, senadores, governadores, prefeitos e vereadores, e a insatisfação continua.
Por outro lado, quando houve eventos com participação popular, funcionavam satisfatoriamente, como por exemplo, o impeachment de Collor de Mello, onde a força popular impulsionou para uma mudança significativa da conjuntura da época.
Mesmo com todo esse descrédito aos políticos, bem como às instituições políticas, os brasileiros não perderam a fé nos processos democráticos. As pessoas condenam a corrupção e as motivações pessoais dos políticos que não tem se preocupado com os interesses dos cidadãos. Infelizmente temos uma classe política onde a grande maioria tem procedência conservadora, e isto é muito maléfico em um mundo que se transforma tão rapidamente.
Enfim, dentro deste contexto, qual é o papel da escola e do professor para transformar este círculo vicioso na política?
Fico muito chateado quando alguns colegas professores dizem inclusive para seus alunos que odeiam política. O que se pode esperar de um mestre desse gênero e de seus pobres alunos? Sem dúvida, este professor deve se aperfeiçoar mais neste campo, participando na prática na sua comunidade, no mundo social e sair definitivamente dessa alienação estrutural em que está alicerçado, por que no mundo tudo é política.
Um bom exercício para o professor como educador/mediador, é realizar periodicamente, juntamente com seus alunos, análises de conjuntura econômica, política, social, etc. a nível global, nacional e até mesmo municipal? Por que não fazer uma análise de conjuntura/avaliação dos vereadores e prefeito de seu município. Obviamente, é necessário ter cuidados, não ser tendencioso, apaixonado por um determinado partido político, por exemplo, respeitando todas as opiniões de seus alunos.
Agindo dessa forma, já é um pequeno começo para nosso povo acreditar mais e votar com mais convicção e entusiasmo, participando mais nas decisões políticas de seu bairro ou comunidade, colocando em prática sua verdadeira cidadania para juntos, construir uma sociedade mais justa e fraterna.

SADI CORRÊA. Professor de História e Geografia do I.E.E. Fagundes Varela – Miraguaí-RS.

sábado, 13 de março de 2010

PESQUISA PARTICIPANTE: SUPORTE PARA UMA EDUCAÇÃO LIBERTADORA









No campo educacional, atualmente, muito se discute a educação libertadora, transformadora, reflexiva, construtiva, participativa, emancipatória, investigadora, enfim, uma educação em que o educando seja sujeito e não objeto do processo de aprendizagem. Na verdade, nos deparamos com uma série de contradições em nossos estabelecimentos de ensino, pois a própria estrutura organizacional nos impõe a práticas demagógicas através da mera transmissão de conhecimentos.

Sabemos que nossas estruturas educacionais estão em processo de abandono pelo poder público, onde nossos educadores são verdadeiros heróis anônimos enfrentando dificuldades salariais, sem perspectivas de reposição e uma drástica perda de identidade sindical – muitos brigam entre si ao invés de brigar contra o sistema opressor - trabalham em outros setores da economia para seu sustento, trabalho este considerado como “bico”, e assim por diante. Mas isso não deve desanimar àqueles que, verdadeiramente, querem transformações sociais, e para que isso aconteça o caminho é a própria escola, onde nós educadores temos a chave dessa transformação.

O primeiro passo para construirmos uma educação voltada para a mudança de nossas práticas pedagógicas, bem como para um viés de transformação social, é conhecer nossa clientela, isto é, nossos alunos, bem como a realidade de nossa comunidade. É nesse processo que entra a pesquisa participante, que constitui-se numa metodologia apropriada, para desencadear um processo eminentemente de encontro com os anseios da comunidade escolar, baseado nos pressupostos da participação democrática e dialógica, onde a mesma é engendrada como uma prática investigativa que oportuniza especialmente aos grupos excluídos as esferas de decisões e de produção do conhecimento.

A pesquisa participante é um método e não uma receita, visando a compreensão e a transformação da realidade, capacitando o educando a interpretá-la de maneira autônoma. Nela não existe monopolização do saber e do conhecimento, o educador define temáticas significativas para o trabalho pedagógico, afirmando o papel de mediador e problematizador das diferentes concepções de mundo presentes na comunidade. É importante que se diga aqui que o educador e a escola não têm o “dever” de resolver todos os problemas vividos pela comunidade, mas a escola tem a incumbência de compreender esses problemas e, com a comunidade, ir na busca de alternativas possíveis no seu âmbito de ação. Como diz Paulo Freire “A escola não muda a sociedade, mas sem a escola a sociedade não muda”.

É através da pesquisa participante que se “molda” o aluno sujeito, crítico e atuante em sua comunidade, abrindo horizontes para atuação em movimentos sociais, a partir dos que vêm construídos pela base e não com iniciativas do Estado, criando-se um campo de oportunidades ao educando para que desde cedo milite sua cidadania nas práticas concretas do cotidiano buscando, de forma organizada e coletiva, a superação dos problemas locais e globais, embasados no campo da ética, do respeito e da justiça, construindo-se assim um novo mundo sem injustiças e com menos desigualdades sociais.

Sabe-se que a tarefa não é fácil, mas vale a pena ousar. É necessário retomarmos nossas práticas pedagógicas, valendo-se do trabalho coletivo e participativo, para rompermos com a atual ossatura arcaica estruturada em um planejamento rico em contradições e demagogias, onde “o professor faz de conta que educa e o aluno faz de conta que aprende”.

Sadi Corrêa – Professor de História do Instituto Estadual de Educação Fagundes Varela - Miraguaí-RS.

MIL DOSES DE WISKI


ESTE É O TRIO "SEM FUTURO", PRÁ QUEM GOSTA DE GAUDERISMO É SÓ FALAR CONOSCO. RONI, SADI E JORGE.

SÓ EU AMEI VOCÊ